Estratégias nutricionais

Ana Karina Dias Salman
pesquisadora da Embrapa Rondônia

Partimos do princípio de que a base da alimentação do rebanho deva ser um pasto bem manejado. Entretanto, no período de escassez de chuvas, a qualidade nutricional dos pastos diminui, então é preciso pensar em alternativas para suplementação volumosa nesse período, a fim de manter a produtividade. Atualmente, além das tecnologias convencionais, como o fornecimento do capim elefante picado no cocho misturado ou não com cana-de-açúcar, cana+ureia, silagem de milho ou sorgo, a Embrapa lançou a cultivar BRS Capiaçu, um clone de capim-elefante de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Devido a seu elevado potencial de produção (50 t/ha/ano), também pode ser utilizada para a produção de biomassa energética”

Gado Holandês no Nordeste

Altair Valloto
superintendente da Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH)

A respeito das ações, nossa missão é ver como podemos aumentar a divulgação da raça Holandesa nos Estados nordestinos. Um fato que fiquei bastante impressionado é que estivemos no Instituto Pernambucano de Desenvolvimento (IPA), onde eles criam vacas Holandesas desde 1937, com dados de produção de 15 litros de leite por dia, já naquela época. O gado Holandês trabalha muito bem por aqui, mesmo com os desafios encontrados, como a limitação da água na região de Garanhuns, porém nada impede o desenvolvimento da raça. Lá no IPA, atualmente, existem 45 vacas em lactação, produzindo cerca de 35-36 litros de leite por dia”

Termotolerância Girolando

Renata Negri
pesquisadora da UFRGS que encabeça a avaliação genômica para termotolerância da raça Girolando

A partir da base de dados coletada pela Girolando por 20 anos, foi possível utilizar mais de 650 mil informações de controle leiteiro, de aproximadamente 69 mil vacas e com aproximadamente 21 mil animais genotipados, de forma a desenvolver um estudo minucioso do estresse térmico nas diferentes composições raciais. Com este estudo, além de observar as diferenças entre as composições raciais, também é possível observar a diferença entre os animais quanto à tolerância ao calor. Após identificar os limites do conforto térmico para cada composição racial, dos animais 1/4H+3/4G até 7/8H+1/8G, foi possível observar perdas médias de produção superiores a 1.000 kg de leite por lactação. Em casos extremos, as perdas produtivas superaram os 2.500 kg de leite por lactação, quando comparadas às médias de produção de animais em conforto térmico versus em estresse térmico”

Trigo para pastejo

Adoniran Júnior Ribeiro de Oliveira
produtor de leite no Sítio Florianópolis, em Guaraniaçu (PR)

Quando fui comprar sementes de aveia, quatro anos atrás, um amigo meu chamado Fausto, que trabalha em uma agropecuária (Agrícola Guarani) conhecida na cidade me indicou essa novidade e fiquei curioso, acabei comprando uma parte de aveia e outra de trigo para pastejo. Já no primeiro ano vi uma diferença próxima de 20% a mais na produção em comparação com a aveia, e também reduzi os custos diminuindo farelo de soja e ração. Desde então, só forneço o trigo no período do inverno, pois disponibiliza uma ótima quantidade de pastejo”

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