Conheça oito fatos sobre a intolerância a lactose que ajudam a compreender e identificar quem realmente faz parte do grupo

Segundo a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), estima-se que aproximadamente 22% da população brasileira tenha intolerância à lactose. Então, por que tantas pessoas ainda se apavoram e excluem os lácteos da dieta de forma desnecessária? Conheçam aqui alguns fatos verdadeiros.

Uma reação alérgica é sempre mediada pelo sistema imunológico
Os casos de alergias alimentares são quase sempre mediados pela imunoglobina da classe E (IgE), relacionadas às proteínas, que por sua vez podem ser de origem animal (caso de alergia ao ovo, por exemplo) ou origem vegetal (alergia ao amendoim ou trigo, por exemplo) e podem causar manifestações cutâneas ou digestivas.

As reações de intolerância estão quase sempre relacionadas a não assimilação de um carboidrato pelo organismo
As pessoas que têm intolerância à lactose apresentam uma deficiência (que pode ser total ou parcial) da enzima lactase, que atua na digestão da lactose.

Não existe alergia a lactose
A lactose é o açúcar do leite, um carboidrato (dissacarídeo) composto por glicose e galactose, e que fornece energia ao corpo. Considerando que são as proteínas as responsáveis por desencadear respostas imunológicas, a lactose não está, portanto, relacionada a nenhum processo alérgico, apenas à intolerância.

Inchaço e dor abdominal nem sempre significam intolerância a lactose
Os sintomas mais comuns são inchaço associado ao desconforto ou dor abdominal (cólicas) e diarreia, que pode se manifestar de forma leve e até mesmo de forma grave. Importante destacar que em qualquer processo digestivo, um inchaço leve é normal e faz parte do processo, uma vez que há aumento do volume do estômago pela própria presença do alimento e também produção de gases decorrentes de fermentação de alguns nutrientes pela microbiota intestinal.

A intolerância à lactose pode ser revertida
É de extrema relevância, tanto por parte dos profissionais quanto da população, o conhecimento da condição digestiva, levando em consideração a severidade do caso, pois a intolerância à lactose pode ser momentânea e, em alguns casos, revertida.

A exclusão de lácteos da dieta não é a solução para intolerância
A exclusão dos lácteos da dieta, sem acompanhamento de um profissional, não é a solução, pois acarreta em prejuízos nutricionais.  A American Academy of Pediatrics esclarece que a exclusão da dieta dificulta o atingimento do correto balanço nutricional, principalmente em cálcio. Os lácteos são excelentes fontes de cálcio e possuem bom percentual de absorção; além disso, a lactose e outros compostos melhoram a absorção de cálcio no intestino.

Europeus e africanos possuem maior tolerância a lactose
Uma equipe de geneticistas da universidade de Maryland, EUA, estudou uma nova abordagem em que a tolerância à lactose pode ser vista como uma evolução genética da espécie humana, observada em povos europeus e recentemente identificada também em povos africanos. Acredita-se que a permanência do gene da lactase ativo seria uma evolução da espécie, uma vez que houve a necessidade de manter a lactase ativa para digerir o leite, alimento que começou a ser ingerido pelo homem em todas as fases de sua vida, após o advento da pecuária, há aproximadamente 9 mil anos.

Intolerantes à lactose podem consumir lácteos
Dependendo do grau de intolerância e do grau de severidade dos sintomas o consumo de lácteos é indicado. O iogurte possui sua carga de lactose reduzida, em torno de 25% a 50% (varia de acordo com o iogurte), devido ao processo de fermentação, em que as bactérias que o fermentam utilizam a lactose como matéria-prima para fermentação, produzindo o ácido láctico, responsável por conferir sabor ácido e consistência. Pesquisas recentes ainda mostram que durante o processo de fermentação do iogurte, a atividade das bactérias produz metabólitos e dentre estes, uma enzima chamada β-galactosidase, que auxilia na assimilação da lactose.

Os queijos também são lácteos que apresentam baixo ou nenhum teor de lactose e possuem alto teor de cálcio.

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Informações produzidas pela assessoria de imprensa MSLGROUP Andreoli, a pedido da Viva Lácteos, associação da indústria de lácteos que tem como missão promover o crescimento e a produtividade do setor, permitindo assim melhora do ambiente de negócios, ganhos de produtividade e aumento da competitividade no mercado interno e externo, por meio da promoção às exportações.

 

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