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PERGUNTAS E RESPOSTAS

BEZERRAS

Cura de umbigo

Sob o patrocínio do programa Alta Cria, a Balde Branco vai publicar nesta seção – Perguntas e Respostas – uma série de matérias com informações sobre as Boas Práticas na Criação de Bezerras, sob a coordenação de Rafael Azevedo, gerente de produto da Alta Genetics e coordenador e conselheiro do programa Alta Cria

Quantas vezes se deve realizar a cura do umbigo da bezerra após o nascimento?

A cura do umbigo deve ser colocada na rotina da fazenda, devendo ser realizada duas vezes ao dia, até o momento de secagem e queda do mesmo.

Existe algum produto comprovado que substitui, com maior eficiência, a tintura de iodo a 10% para a cura do umbigo?

Alguns trabalhos demonstram que a nisina seca, clorexidina (0,5%), cloro e o citrato trissódico podem ser alternativas eficazes para substituição do iodo na cura do cordão umbilical de bezerras. Porém, alguns desses produtos não se encontram no mercado brasileiro, dificultando o acesso pelos produtores. Por outro lado, outros produtos estão disponíveis, mas os seus custos acabam não sendo vantajosos quando comparamos com o iodo. É importante lembrar que o ideal é utilizar a tintura de iodo na concentração de 5% a 7%. Concentrações acima dessas podem provocar queimaduras na pele do animal e do tratador, em casos de acidentes.

Como avaliar a qualidade do iodo usado para a cura de umbigo?

Trabalhos científicos mostram métodos de se comparar a qualidade de produtos para cura do cordão umbilical, porém, na maioria das vezes, são métodos utilizados em pesquisa e que não são facilmente aplicáveis em rotina de fazenda. Por exemplo, temos a medição do diâmetro do cordão umbilical, número de imersões necessárias, tempo até a cura completa do umbigo, quantidade de imersões até secar, entre outros. Além disso, a base para os produtos, na maioria das vezes, é o iodo, o qual, de acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC n° 107, de 5 de setembro de 2016, da Anvisa, encaixa-se na lista de medicamentos de baixo risco sujeitos à notificação simplificada, fato que isenta as empresas fabricantes de registrarem o produto, fazendo com que tal produto não venha a passar por fiscalização. Isso abre várias brechas para o surgimento de soluções de baixa qualidade para a cura do umbigo. Sendo assim, a identificação de melhores alternativas fica dificultada. Vale ressaltar que produtos mais baratos e de empresas não confiáveis, em certos casos, devem ser evitados, visto que sua eficácia não é comprovada.

Quais são os indicadores de referência para avaliar se o processo de cura do umbigo está adequado?

A palpação do umbigo externo, interno e das suas estruturas internas (veia, artérias e úraco) é uma forma de avaliação. Para isso, devemos estabelecer avaliação prática de escore nas fazendas, da seguinte forma:


Escore/Descrição

0/Umbigo normal (ausência de dor à palpação, sem secreção purulenta)

1/Umbigo inflamado (presença de dor à palpação, secreção purulenta)

2/Umbigo muito inflamado (presença de dor à palpação, secreção purulenta e miíases)

3/Hérnia (importante descrever o tamanho)

Após acompanhamento, a meta inicial é que 90% dos umbigos avaliados apresentem escore igual a 0. A segunda meta (ideal) é que 95% dos umbigos apresentem escore igual a 0.

Acompanhe mais algumas das principais dúvidas dos produtores sobre como fazer corretamente a cura de umbigo das bezerras, para evitar uma série de problemas
Perguntas respondidas por: Rafael Alves de Azevedo – Alta Genetics José Azael Zambrano – Rehagro Rodrigo Melo Meneses – EV/UFMG Polyana Pizzi Rotta – UFV Sandra Gesteira Coelho – EV/UFMG
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