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PERGUNTAS E RESPOSTAS

BEZERRAS

Cura de umbigo (parte 4)

Sob o patrocínio do programa Alta Cria, a Balde Branco publica nesta seção – Perguntas e Respostas – uma série de matérias com informações sobre as Boas Práticas na Criação de Bezerras, sob a coordenação de Rafael Azevedo, gerente de produto da Alta Genetics e coordenador e conselheiro do programa Alta Cria

Qual a base de antibiótico mais indicada para o tratamento de animais que apresentam infecção umbilical?

A penicilina é utilizada com mais frequência, juntamente com anti-inflamatório não esteroide (Aines), como o Flunixin meglumine ou Meloxicam.
Recomendações de literatura são:
• Penicilina G Procaína
Dose: 22.000 UI/kg
Via: intramuscular
Frequência: duas vezes por dia, durante 5 dias
• Ceftiofur
Dose: 2 mg/kg
Via: intramuscular
Frequência: duas vezes por dia, durante 5 dias

Caso os animais de fertilização em vitro (FIV) possuam algumas anomalias de umbigo, dificultando a secagem por completo, faz-se necessário algum procedimento especial nessas condições?

Não seriam necessários procedimentos especiais, apenas aumentar a frequência da cura de umbigo e certificar-se de que o local onde a bezerra permanece está seco.

Hérnias umbilicais: quais os critérios para abordagens conservativas ou cirúrgicas?

Para se definir qual abordagem a ser feita em hérnias umbilicais, alguns pontos devem ser avaliados:
• Qual o tamanho do anel umbilical?
Anel umbilical inferior a 5 cm de diâmetro, usualmente, tende a regredir sem necessidade de intervenção cirúrgica.
• Qual a idade da bezerra?
Animais até 60 dias de idade podem ter regressão do anel umbilical, não sendo necessário abordagem cirúrgica.
• Há infecção?
Bezerras que possuem infecção umbilical e hérnia precisam de intervenção cirúrgica para redução da hérnia.
• A hérnia é redutível?
Hérnias que não são redutíveis estão associadas a aderências e/ou infecções, fazendo-se necessária a abordagem cirúrgica. Por exemplo, uma bezerra de 10 dias de idade com hérnia umbilical, cujo anel possui 3 dedos (5 cm) de diâmetro, não possui infecção umbilical e é completamente redutível. Deve-se proceder à abordagem conservadora.
• É preciso lembrar que as hérnias têm caráter hereditário, sendo necessário investigar se a ocorrência não está ligada ao touro utilizado no rebanho.

Quais doenças podem ocorrer em consequência da infecção umbilical nas bezerras?

As infecções umbilicais ocorrem, essencialmente, devido a falhas na cura do umbigo e/ou alto desafio do ambiente onde os animais permanecem e podem predispor à ocorrência de hérnias umbilicais, abscessos hepáticos, poliartrite, pneumonia, endocardite, encefalite, cistite, nefrite e sepse.

Tem como montar protocolo de cura de umbigo para facilitar o trabalho no dia a dia e padronizar esse manejo?

Sim. O protocolo de cura de umbigo das bezerras deve ser colocado na rotina, com utilização de tintura de iodo a 7%, devendo ser realizado todos os dias, 2 vezes ao dia, até o coto umbilical do animal secar e cair.

Quando devo realizar o corte do coto umbilical da bezerra?

O corte do coto umbilical das bezerras é indicado somente nos casos em que o umbigo esteja muito grande e quase tocando o chão. Quando ocorre isso, a indicação é realizar o corte, com tesoura desinfetada com álcool, deixando tamanho de 10 cm de coto umbilical.

Acompanhe mais algumas das principais dúvidas dos produtores sobre como fazer corretamente a cura de umbigo das bezerras, para evitar uma série de problemas
Perguntas respondidas por: Rafael Alves de Azevedo – Alta Genetics • José Azael Zambrano – Rehagro • Rodrigo Melo Meneses – EV/UFMG • Polyana Pizzi Rotta – UFV • Sandra Gesteira Coelho – EV/UFMG
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