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PERGUNTAS E RESPOSTAS

BEZERRAS

Dieta líquida (parte 6)

Sob patrocínio do programa Alta Cria, a Balde Branco vai publicar nesta seção – Perguntas e Respostas – uma série de matérias com informações sobre as Boas Práticas na Criação de Bezerras, sob a coordenação de Rafael Azevedo, gerente de produto da Alta Genetics e coordenador e conselheiro do programa Alta Criaia

O sucedâneo pode substituir em 100% o leite?

Sim. Um bom sucedâneo pode ser utilizado na substituição do leite, seguindo-se as recomendações de diluição e utilizando água de boa qualidade.

Como escolher um bom sucedâneo?

Seguindo as recomendações do NRC (2001), um bom sucedâneo deve ter de 20% a 22% de proteína bruta, de 10% a 25% de gordura (no entanto, valores acima de 20% são recomendados apenas em regiões muito frias, pois deprimem o consumo de concentrado), valores de fibra bruta abaixo de 0,15%. É importante sempre olhar no rótulo e checar as fontes dos alimentos, evitando-se farinhas e farelos como potenciais substitutos (que indicam muita variação na formulação). No entanto, pesquisas mostram que, para animais em aleitamento intensivo, para obtenção de maiores taxas de crescimento, com ganho de tecido magro, maiores teores de proteína bruta (>24% PB) são necessários no sucedâneo. Também é importante averiguar os teores de lactose, pois valores acima de 45% podem resultar em diarreia.

Como avalio a qualidade de um sucedâneo, de forma quantitativa e qualitativa?

De forma quantitativa, seguindo as recomendações do NRC (2001), mas fazendo uma avaliação do sistema de aleitamento adotado, considerando as exigências nutricionais do animal para uma determinada taxa de ganho de peso. De forma qualitativa, um bom sucedâneo é fácil de preparar, tem alta solubilidade e não decanta rapidamente. Além disso, as bezerras demonstram satisfação em ingerir o produto.

Quando começar a introduzir o sucedâneo? Qual a recomendação ideal?

Não existe recomendação ideal. A idade de introdução do produto é uma decisão de produtor, desde que a composição do produto permita seu fornecimento desde a primeira semana. Alguns produtos comerciais são recomendados somente a partir da terceira semana, em razão da inclusão de proteína e carboidrato de origem vegetal. As três primeiras semanas de vida são as de maior desafio para as bezerras, por causa de mudanças no sistema digestivo, e por ser esse período o de maior suscetibilidade às diarreias. Se for possível respeitar essas três primeiras semanas, fornecendo leite com a mesma qualidade nutricional e sanitária vendida para a indústria, seguramente as bezerras vão se beneficiar desse manejo.

Qual o melhor protocolo de utilização de sucedâneo? Priorizar o leite para mais novas, fazer uma mistura padronizada (leite mais sucedâneo) ou fornecer somente o sucedâneo o tempo todo?

O melhor protocolo é sempre escolher um produto de ótima qualidade com valores nutricionais recomendados que se adequem às exigências dos animais e do sistema de aleitamento, com grande proporção dos sólidos vindos de fontes lácteas. Se possível, introduzir o produto após as três primeiras semanas de idade. Um bom manejo seria iniciar com o fornecimento de colostro imediatamente após o nascimento (10% do peso ao nascimento), seguido de leite de transição por três a cinco dias, e partir para o leite integral durante as três primeiras semanas de vida. A partir daí, caso seja necessário, utilizar sucedâneo de ótima qualidade.

Como faço avaliação de diluição do sucedâneo? Qual o valor que se soma para fechar o valor em relação à leitura no refratômetro Brix?

O valor final de sólidos no sucedâneo pode ser avaliado pelo uso do refratômetro Brix óptico ou digital. No caso do refratômetro Brix óptico, somar 1,1 ao valor final obtido. No caso do digital, acrescentar o valor de 1,5. Para a avaliação dos teores de sólidos totais no leite, independentemente do tipo de refratômetro Brix, deve-se somar mais 2 ao valor de leitura.

Como faço avaliação de diluição do sucedâneo? Qual o valor que se soma para fechar o valor em relação à leitura no refratômetro Brix?

O valor final de sólidos no sucedâneo pode ser avaliado pelo uso do refratômetro Brix óptico ou digital. No caso do refratômetro Brix óptico, somar 1,1 ao valor final obtido. No caso do digital, acrescentar o valor de 1,5. Para a avaliação dos teores de sólidos totais no leite, independentemente do tipo de refratômetro Brix, deve-se somar mais 2 ao valor de leitura.

Acompanhe mais algumas das principais dúvidas dos produtores sobre como fazer corretamente a cura de umbigo das bezerras, para evitar uma série de problemas
Perguntas respondidas por: • Rafael Alves de Azevedo – Alta Genetics • José Eduardo Portela Santos – UF • Rodrigo Melo Meneses – EV/UFMG • Lívia Carolina Magalhães Silva Antunes – Fazu • Sandra Gesteira Coelho – EV/UFMG
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