A despeito de o número de produtores e do rebanho terem se reduzido, a produção de leite caminhou em sentido oposto, superando os 30,2 bilhões de litros (+46,6%), graças ao aumento da produtividade animal, que cresceu em mais de 1.000 litros no período, registrando 2.621 litros/vaca (+62%). Neste período, outro fator que se alterou bastante foi o tamanho médio das fazendas. A produção diária passou de 42 litros para 70 litros/dia por estabelecimento (+67%). Por outro lado, o tamanho médio do rebanho, medido em vacas ordenhadas/estabelecimento, pouco se alterou, saindo de 9,4 para 9,8 animais/estabelecimento de 2006 para 2017. Portanto, o ganho observado na produção diária dos estabelecimentos foi sustentado por um aumento na produtividade por animal e não pelo aumento do rebanho.
Em relação às regiões brasileiras, o Nordeste detém o maior número de estabelecimentos produtores de leite, enquanto o Sudeste apresenta a maior produção e também o maior rebanho de vacas ordenhadas no País. Já o Sul é campeão em produtividade animal. O Norte, por sua vez, é a região menos leiteira do Brasil, com os menores indicadores regionais nos quesitos produtores, vacas ordenhadas, produção e produtividade animal.