A escolha de cultivares de milho para produção de silagem envolve diferentes parâmetros. Um recente estudo da Apta identifica algumas das melhores opções
Por Solidete de Fátima Paziani*
Apesar de o milho ser uma cultura tradicionalmente consolidada e indicada para a produção de silagem, nem todas as cultivares disponíveis no mercado são voltadas para esta finalidade. Além disso, todos os anos são lançadas novas cultivares, e estas precisam ser avaliadas quanto à sua produtividade e qualidade nutricional, considerando sua adaptabilidade regional, uma vez que interações ambientais podem promover desempenhos diferentes de uma mesma cultivar de acordo com o ambiente de produção.
Há mais de duas décadas a Apta- Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, através dos Polos Regionais, do Instituto Agronômico de Campinas e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em parceria com as empresas de se¬mentes, avalia as cultivares de milho para silagem no estado de São Paulo, visando indicar as mais adaptadas à tal produção de forragem. No último ano, o trabalho contou com a parceria do laboratório 3RLab na estimativa dos parâmetros bromatológicos.
Na safra 2016/17 foram instalados experimentos nas unidades da Apta em Mococa, Tatuí e Votuporanga, sendo avaliadas 18 cultivares de milho. Os ensaios foram semeados entre 11 e 17 de novembro de 2016, com espaçamento de 80 cm entre linhas e população inicial de 62.500 plantas/ha.
A adubação foi realizada conforme recomendações técnicas do Boletim IAC 200 (2014) para a cultura do milho para silagem em cada região, visando alcançar o máximo de produtividade e repor os nutrientes extraídos do solo, considerando que no cultivo para silagem a extração de nutrientes é maior do que em uma cultura destinada para grãos.
Também na safra 2016/2017 a produtividade média do milho, em matéria seca (MS) por hectare, foi de 15,6 t/ha em Mococa, 21,8 t/ha em Tatuí e 19,6 t/ha em Votuporanga. O teor médio de MS na colheita foi de 33%. Na safra anterior, 2015/2016, as produtividades médias foram de 12,2 t MS/ha em Mococa, 17,2 em Tatuí e 17,3 em Votuporanga, por ter sido mais prejudicada por fatores climáticos adversos.
*Deste texto, participaram, além da autora, Solidete de Fátima Paziani, do Polo Regional APTA de Pindorama-SP, os seguintes pesquisadores: Aildson Pereira Duarte (IAC, Campinas-SP), Luiz Gustavo Nussio (USP/ Esalq, Piracicaba-SP), Rogério Soares de Freitas (IAC, Votuporanga- SP), Paulo Boller Gallo (Polo Regional APTA, Mococa-SP) e Marcelo Ticelli (Polo Regional APTA , Tatui-SP).
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Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 637, de novembro 2017