balde branco

Produto biológico, feito à base de um fungo inimigo natural do parasita vem sendo testado em várias fazendas parceiras, com aplicação nos animais e na pastagem (Tânia Polgrimas)

 

“A gente basicamente controlou o carrapato.” Com esta frase, o pecuarista Mário Malta Campos Dotta e Silva, da Fazenda Recreio, em São Carlos-SP, resume sua experiência na utilização de um carrapaticida inédito para combater esse ectoparasita que é o principal problema sanitário dos rebanhos leiteiros no Brasil. Desde dezembro do ano passado, o plantel da Recreio começou a ser tratado com um produto biológico. “As vacas estavam bem carregadas e eu só não perdi nenhuma porque passei a usar as duas formulações do produto, uma para aplicar no  rebanho e a outra na pastagem”, conta o criador, referindo-se aos insumos desenvolvidos pela empresa Decoy Smart, de Ribeirão Preto-SP, e que tem como sócios-fundadores os biólogos Túlio Nunes e Lucas Vonzuben e o economista Felipe Dal’bo.

“A Decoy Smart surgiu como start’up dentro de uma incubadora de empresas de base tecnológica, a Supera Parque”, conta Túlio Nunes. Para começar as pesquisas de fungos que poderiam controlar carrapatos, a Decoy obteve recursos da Fapesp e, mais recentemente, captou R$ 1,8 milhão de investidores-anjo. Hoje, a empresa trabalha em regime de parceria com 50 pecuaristas para testar ambos os produtos, que ainda não são comercializados porque estão em fase de registro definitivo no Ministério da Agricultura.

O pecuarista Silva, da Recreio, um dos selecionados para testar os produtos biológicos, continua, dizendo que, no início, pulverizou os animais a cada dez dias, “porque a infestação estava bem alta. Levou mais ou menos um mês e meio para a situação se normalizar”, acrescenta. “No fim de janeiro, começo de fevereiro de 2019, o carrapato estava completamente controlado.”

 


Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 659 (novembro/2019)

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