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É a segunda edição do Ideas for Milk-Desafio de Startups. Empreendedores interessados têm até 10 de setembro para se inscrever

A Embrapa Gado de Leite está lançando a segunda edição do Ideas for Milk – Desafio de Startups – competição nacional com o objetivo de estimular ideias inovadoras em modelo de negócio, produto, processo ou serviço, baseadas em software web, aplicativo mobile e/ou solução em hardware, incluindo Internet das Coisas (IoT), promovendo a eficiência no setor lácteo. As inscrições devem ser feitas pelo site www.ideasformilk.com.br, até 10 de setembro.

O chefe da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, explica que a proposta do Ideas for Milk é aproximar o setor lácteo da era digital – a indústria 4.0. “Tudo que é importante hoje tem que caber em um smartphone e, sob este aspecto, estamos atrasados. Precisamos de soluções tecnológicas para o leite que garantam aos produtores e aos empresários a tomada de decisões de maneira rápida, segura e que capture valor para quem se dedica à atividade leiteira”, afirma.

Proposto pela Embrapa Gado de Leite, o Ideas for Milk  tem como parceiros a Carrusca Consulting, o Agripoint, o Qrânio e a Kick Ventures. Na edição deste ano, as etapas de validação e análise das propostas foram simplificadas. Para a inscrição, além de preencher o formulário disponível no site, os empreendedores devem apresentar um pitch – uma descrição objetiva e comercial da solução, gravada em vídeo de três a cinco minutos. A exigência segue o modelo proposto nos eventos para investidores, a fim de comprovar que a ideia é boa, realizável e sustentável.

O Ideas for Milk 2017 será disputado em quatro fases: homologação, classificação, solução para o agronegócio do leite e final. Na fase de homologação, os organizadores vão analisar a documentação apresentada para validar a inscrição. As propostas que atenderem ao regulamento seguem para a etapa de classificação, quando serão submetidas a uma Comissão Avaliadora composta por representantes das entidades realizadoras e correalizadoras do Ideas for Milk e convidados.

Nesta fase, serão selecionadas 40 propostas. Elas seguem para a etapa de definição das cinco melhores soluções para o agronegócio do leite. Destas, uma será considerada a grande vencedora do desafio, após a apresentação presencial das cinco finalistas para uma banca examinadora, em dezembro deste ano. Os resultados de cada etapa serão comunicados aos participantes por e-mail e no site do Ideas for Milk.

Desafio direto na fazenda – Um inédito hackaton rural, o “Vacathon”, vai movimentar as instalações da Embrapa Gado de Leite durante cinco dias, em dezembro. O evento é a primeira maratona de programação na qual as equipes, formadas em instituições de ensino superior, irão explorar dados abertos de pesquisas da Embrapa Gado de Leite para desenvolver projetos de software e hardware. A proposta é permitir que os times conheçam mais sobre temáticas relacionadas à produção de leite, na fazenda, e possam criar soluções inovadoras com ajuda de pesquisadores da Embrapa e de produtores de leite.

Para o Vacathon, serão convidadas 20 instituições de ensino superior. Cada uma delas poderá inscrever uma equipe liderada por um professor, que atuará como embaixador do programa na instituição. As inscrições podem ser feitas até 3 de novembro.

Antes de iniciar a maratona, as equipes participam de uma etapa de treinamento (bootcamp), na qual os pesquisadores da Embrapa e produtores rurais repassarão informações sobre diversos aspectos da atividade de produção de leite em fazendas. Com base nelas, as equipes terão que desenvolver uma solução computacional na forma de aplicativo para dispositivo móvel ou “vestível”, de software web ou, ainda, solução de hardware e/ou software aplicadas, direcionadas ou baseadas em IoT. A avaliação das soluções propostas, conforme critérios do regulamento, definirá as seis melhores propostas apresentadas.

Primeira edição repercute ainda hoje – O sucesso da primeira edição do Ideas for Milk, em 2016, com 137 propostas inscritas, repercutiu no mercado brasileiro e até no exterior. A equipe do projeto foi convidada para participar do painel Seeds of Our Future – Agtech & the Connected World, que integrou a programação do Sillicon Valley Forum, realizado em San Francisco (EUA), no Vale do Silício (EUA), em abril deste ano.

O Governo da Índia – maior produtor mundial de leite – também manifestou interesse em conhecer o programa por meio de visita do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, àquele país.  “Colocamos o pé na água e isso gerou um tsunami. Não é teoria, dá resultado mesmo”, enfatiza o consultor Cezar Taurion, da Kick Ventures, uma das empresas correalizadoras.

A SCL Rota, por exemplo, startup de Belo Horizonte-MG que venceu o desafio no ano passado, já oferece o sistema que gerencia a coleta do leite nas fazendas para grandes laticínios como Verde Campo e Porto Alegre. Outros produtos estão em desenvolvimento e as startups participam de programas de aceleração. Recentemente, a Systec Feeder, que desenvolve um protótipo para alimentação de bezerras, foi procurada por uma gigante de nutrição animal que está montando uma fazenda totalmente informatizada, na França, e busca projetos inovadores ao redor do mundo.

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