balde branco

O laboratório de análises bromatológicas da Esalq se torna uma plataforma mais ampla e diversificada de serviços na avaliação de forragens na nutrição animal

Por Romualdo Venâncio

O Laboratório de Análises Bromatológicas do Departamento de Zootecnia da Esalq/USP agora se chama EsalqLab. Após mais de seis décadas atendendo a demandas internas em projetos de pesquisa na área de nutrição animal, manejo de pastagens e produção de forragens, a unidade foi reestruturada para ter um novo posicionamento frente ao mercado. Os pecuaristas passam a contar com um amplo portfólio de análises e novas ferramentas, incluindo softwares e aplicativos.

A mudança também promete mais agilidade e custos acessíveis. “Essa fase reflete o amadurecimento institucional da unidade e a necessidade de ampliarmos o escopo de atuação, passando para um laboratório de análises de forma geral, moderno, com nova roupagem tecnológica e o peso da experiência e da tradição da nossa escola”, afirma o chefe do Departamento de Zootecnia, Sila Carneiro, que acrescenta: “Nosso objetivo é prestar o melhor serviço e contribuir para o desenvolvimento e a produtividade animal do País”.

Uma das missões mais importantes do EsalqLab é ajudar o produtor rural a mensurar sua atividade, ou seja, obter índices fundamentais para o gerenciamento do rebanho e da fazenda e saber como interpretá-los corretamente. “É por isso que a escolha do nosso lema de trabalho foi ‘Medir para Gerenciar’. Sem indicadores e informação não somos capazes de administrar nossos negócios”, comenta Carneiro.

A coordenação do laboratório está a cargo do engenheiro agrônomo Laerte Cassoli, que é formado pela Esalq e trabalhou por 17 anos na Clínica do Leite, outra unidade da instituição. Ele conta que neste início as análises estarão concentradas na área de nutrição animal, principalmente com silagem de milho. Até porque já há um banco de dados com informações de quase 600 amostras de diversas regiões do País. “A nutrição é uma das áreas mais importantes da pecuária, pois tem grande representatividade nos custos de produção e impacto direto nos resultados reprodutivos e no desempenho da ordenha”, ele observa.

A renovação também levou em consideração a praticidade para a utilização, com especial atenção para os sistemas de informação. O objetivo é otimizar o acesso dos usuários aos resultados e agilizar a tomada de decisões em relação à produção na fazenda, o que certamente vai auxiliar no direcionamento para ganhos em produtividade e redução de custos na dieta dos animais.

Custo reduzido e resultado rápido

Os dados poderão ser acessados pelo Portal EsalqLab ou via aplicativos para smartphone, tanto no sistema IOS quanto no Android. “O produtor pode cadastrar várias pessoas para terem acesso às informações, facilitando a visualização desses dados para uso da equipe”, diz Cassoli.

Um dos destaques do EsalqLab é o trabalho da análise bromatológica pelo método infravermelho por meio do equipamento conhecido como NIRS. Essa tecnologia, que já é usada na instituição há praticamente duas décadas, vem se popularizando nos últimos anos. No caso da Esalq, ainda há o diferencial da validação pelas diretrizes da ISO 12.099 para silagens produzidas no Brasil. “O grande segredo do NIRS está em sua calibração”, reforça Cassoli.

Para os usuários, essa “nacionalização” significa mais rapidez e precisão nos resultados e menos custo. Pelos métodos químicos tradicionais, a análise bromatológica de uma amostra de silagem tem custo aproximado de R$ 200 e a resposta pode demorar entre 10 e 15 dias. “Já pelo NIRS, a mesma avaliação pode custar R$ 60 e os resultados ficam prontos em no máximo cinco dias”, acrescenta o coordenador do laboratório.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 632, de junho 2017

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