A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou em novembro o segundo levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos 2019/2020. Para o milho de verão ou primeira safra, a expectativa é de que sejam colhidos 26,27 milhões de toneladas na temporada atual, 2,4% mais que a produção da safra anterior. No caso do milho de segunda safra (milho de inverno), no relatório de novembro a Conab manteve, para a safra 2019/2020, a mesma área semeada no ciclo anterior e estimou uma produtividade média 3,1% menor que na temporada passada. Com isso, são esperados 70,94 milhões de toneladas do cereal na segunda safra, 3,1% menos que os 73,18 milhões de toneladas colhidas na safra passada, recorde até então.
No total (primeira, segunda e terceira safras), o País deverá colher 98,36 milhões de toneladas de milho em 2019/2020, frente ao recorde da temporada anterior (2018/2019), de 100,05 milhões de toneladas.
Com relação à demanda, a expectativa é de que sejam consumidos 68,13 milhões de toneladas de milho no mercado interno em 2020, frente aos 63,91 milhões de toneladas demandadas em 2019.
As exportações brasileiras foram estimadas em 34 milhões de toneladas do cereal para esta temporada, ou seja, abaixo do registrado este ano, mas, ainda assim, se confirmado, será o segundo maior volume embarcado, atrás apenas dos 39 milhões de toneladas estimadas para este ano pela Conab, que poderão ser revisadas para cima, com as recentes altas do dólar.
A menor produção, somada à demanda aquecida, deverá pesar sobre o estoque interno em 2019/2020, que foi estimado em 10,57 milhões de toneladas, o menor desde 2015/2016. Como comparação, em 2018/2019 o país fechou com 13,83 milhões de toneladas em estoques e em 2017/2018 foram 15,60 milhões de toneladas.