Dentre os diversos problemas causados pelo estresse térmico em vacas em lactação está também a alteração na composição e qualidade do leite
(por Gisele Dela Ricci)
Por mais que se tenha divulgado o impacto do calor nos rebanhos leiteiros, esse problema é um dos principais que deve estar no centro das preocupações dos produtores. Isso porque muitas fazendas não oferecem as devidas condições de conforto para seus animais, sobretudo, para as vacas em lactação. Devido às altas temperaturas encontradas, na maior parte do ano, relacionadas ao clima tropical e subtropical, no Brasil, o estresse térmico gera prejuízos importantes à produção leiteira: problemas metabólicos, nutricionais, reprodução, sanidade, queda na produção e também na composição e qualidade do leite.
A temperatura de conforto para vacas leiteiras está entre 5 e 25°C, com umidade relativa entre 50 e 60%. Em altas temperaturas ambientais, a zona de conforto térmico é ultrapassada e o estresse por calor afeta negativamente aspectos relacionados ao desempenho das vacas em produção. O estresse por calor foi classificado, de acordo com o índice de temperatura e umidade, em ameno, moderado e severo. Assim, a partir dessas mensurações pode-se interferir para melhoria do conforto e bem-estar dos bovinos.
Portanto, identificar características comportamentais, fisiológicas, e os impactos negativos originados pelo estresse calórico é indispensável ao produtor moderno, que busca alta produção, baixos custos, bem-estar animal e otimização dos lucros, destaca a professora Cristiane Gonçalves Titto, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia-USP, campus de Pirassununga-SP.
Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 658 (outubro/2019)