Investir nas pessoas é viável e, acima de tudo, necessário para o alcance dos ganhos que se almeja e espera na atividade leiteira
Por Emerson Alvarenga
É comum ouvir alguns questionamentos sobre o trabalho aplicado em empresas rurais. Por exemplo: Quais os desafios da gestão de pessoas no agronegócio? Qual a importância delas dentro do sucesso do negócio? O que seria das empresas sem as pessoas? Quanto tempo é investido na capacitação de mão de obra? Por que permanecem tão pouco tempo nas empresas? É fácil encontrar pessoas qualificadas?
Perguntas como estas merecem reflexões profundas e nos remetem à maneira de conduzir a empresa. A evolução dos modelos de gestão dentro das fazendas, principalmente no que diz respeito aos recursos humanos, pode ser considerada um fator extremamente importante para um futuro promissor no agronegócio.
Pode-se afirmar, inclusive, que a relevância das pessoas para o sucesso do negócio é muito maior do que muitos pensam e que a qualificação delas deve ser o foco de todas as propriedades rurais que realmente almejam permanecer num mercado cada dia mais competitivo.
Certo é que os processos e resultados dos diversos sistemas de produção são realizados por pessoas. Por mais tecnificada que seja a propriedade, sempre haverá alguém na condução da atividade. São os recursos humanos necessários para fazer com que as coisas aconteçam. São responsáveis por tarefas como alimentar e manejar os animais, inseminar, plantar, colher, anotar, registrar…
As pessoas são fundamentais para a existência e sucesso da empresa. São elas que garantem a qualidade e excelência dos produtos e serviços. Então, as propriedades são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir objetivos, superar metas e executar planos de ação. Por outro lado, as pessoas veem nas empresas o meio pelo qual podem alcançar vários objetivos pessoais e realizações.
Contudo, praticamente em todas as regiões do Brasil, não é raro, se ouvir queixas sobre mão de obra. Expressões no dia a dia, como as aqui citadas, são até comuns: “É difícil mexer com pessoas”, “Mexer com roça até que é bom, o difícil são as pessoas”, “A única coisa que é ruim na minha fazenda é o povo”, “Não tem gente querendo trabalhar”, “as pessoas não sabem trabalhar direito”.
Tais reclamações devem nos fazer pensar o quanto é preciso avaliar a maneira de lidar e gerenciar as pessoas, assim como capacitá-las. Pessoas e empresas embora inter-relacionadas vivem em compartimentos separados. Conduzir um negócio sem pensar nas pessoas, considerando a essência humana básica com seus valores, necessidades, sentimentos e emoções, história de vida, formação pessoal e profissional, é no mínimo incoerente.
Leia a íntegra deste artigo na edição Balde Branco 618, de abril 2016