São sete passos para tal propósito, os quais garantem o fornecimento diário de forragem de boa qualidade ao rebanho
Ter uma área de pasto que produza forragem de qualidade e atenda as exigências nutricionais dos bovinos não é tarefa difícil. Basta seguir algumas recomendações básicas. É o que sugere o engenheiro agrônomo Robson Mengatti, coordenador de desenvolvimento tecnológico da Barenbrug. Confira os que ele chama de sete passos:
1º Análise do ambiente – Defina as características da área e ser plantada e identifique os fatores limitantes como regime pluviométrico, estrutura do solo, ocorrência de pragas e qualidade da mão-de-obra disponíveis. Essas características são decisivas e podem levar ao insucesso caso não seja escolhida uma forrageira que se adeque a essas limitações.
2° Análise do solo – Faça uma amostragem criteriosa do solo da área a ser reformada. As glebas devem ser homogêneas (recomenda-se um tamanho máximo de 20 ha), de onde devem ser amostrados de 15 a 20 pontos. Deve-se evitar áreas próximas a malhadouros, cochos, bebedouros, formigueiros e demais pontos que não representem a situação média de fertilidade da área.
3° Escolha da forrageira – Escolha a forrageira mais adaptada ao sistema e à região. De uma maneira geral, as plantas mais produtivas também são as mais exigentes em fertilidade e cuidados de manejo. O grupo das mais exigentes inclui a maioria dos panicuns, capins-elefante e os tiftons. O grupo intermediário inclui as braquiárias de uma forma geral e alguns panicuns, como o massai. Já o grupo menos exigente é formado pela braquiária decubens, as humidícolas e andropogon.
4° Preparo do solo – Prepare o solo para receber a semente. As etapas e implementos utilizados são muito variáveis em função das condições do terreno e também deve-se levar em conta a disponibilidade de maquinário. Geralmente, recomenda-se que no momento do plantio o solo esteja corrigido, preparado mecanicamente e livre de restos vegetais.
5° – Plantio – A forma como a semente vai chegar ao solo pode ser variável (semeadura aérea, em linha, a lanço ou manualmente), mas é muito importante que o produtor cubra as sementes após o plantio ou pelo menos faça o uso de um rolo compactador. Resultados experimentais mostram que a diferença de germinação entre sementes jogadas na superfície e enterradas a um cm de profundidade pode ser até três vezes superior para o segundo caso, passando de 23% para 70% de emergência.
6º – Monitoramento – Após o plantio, monitore frequentemente o pasto em relação ao ataque de pragas e infestação de daninhas principalmente. Caso siga a dica anterior, de cobertura/compactação das sementes, em virtude da maior emergência de plântulas e cobertura de solo, esses problemas são significativamente minimizados, além de poder adiantar o pastejo em algumas semanas. Contudo, o monitoramento deve ser constante para evitar surpresas desagradáveis. Para confirmar que o pasto foi bem iniciado, deve constatar pelo menos de 10 a 20 plântulas no caso das braquiárias e 30 a 40 no caso dos panicuns.
7° – Primeiro pastejo – O momento do primeiro pastejo é o ponto final da formação do pasto. Nesta fase, como existe geralmente uma quantidade maior de plântulas do que realmente via ficar estabelecido na área, e as mesmas se encontram adensadas, competindo por recursos, a altura de entrada dos animais é ligeiramente superior ao recomendado no pasto estabelecido. Esta é uma avaliação subjetiva e difícil de estabelecer parâmetros claros, mas o produtor deve olhar a arquitetura das plantas. Quando as folhas de cima começam a se dobrar e o pasto deixa de ter o aspecto inicial de folhas “espetadas”, o produtor pode colocar os animais. Esse pastejo deve ser intenso (muitos animais) e por pouco período de tempo. O objetivo é fazer um desponte inicial, permitindo que entre luz na base da touceira e isso vai estimular o perfilhamento e melhor estruturação da planta.
Mais informações: info@barenbrug.com.br