Investir na fabricação de produtos zero lactose é uma das alternativas que mais vem ganhando espaço dentro do mercado de lácteos

Pesquisas globais mostram que quase três em cada quatro pessoas no planeta (75%) reage mal aos derivados do leite. No Brasil, estima-se que este percentual atinja 40% da população. Quem sofre com este problema tem carência de lactase – enzima que atua na digestão da lactose – e sente dificuldades na hora de digerir a lactose, que nada mais é do que um tipo de açúcar naturalmente encontrado no leite e seus derivados.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, gerando mal estar e outros problemas menos graves. Desconforto intestinal, indigestão e enxaqueca são os mais frequentes e essas ocorrências têm levado os consumidores a mudarem seus hábitos de compra, dando preferência a alimentos zero lactose.

Para que os pequenos e médios empresários se adaptem a este novo cenário, o Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae disponibiliza um boletim que dá dicas de como manter o consumo e a comercialização dos produtos lácteos em alta. Uma das principais recomendações aos produtores do setor é para que acompanhem as mudanças no comportamento de consumo da população e apostem na produção de alimentos sem lactose.

Leite sem lactose
O leite de vaca, assim como todos os outros leites de origem animal, contém em média 5 gramas de lactose para cada 100 ml de leite. Assim, um copo de 250 ml contém 12,5 g de lactose. O leite sem lactose nada mais é do que o leite de vaca comum em que a lactose foi parcialmente ou completamente “quebrada” pelo processo de hidrólise, com adição de lactase.

Além de serem facilmente digeríveis pelos intolerantes, os produtos zero lactose não perdem suas características sensoriais e nutricionais. Grandes marcas como Itambé, Tirolez, Verde Campo e Nestlé disponibilizam uma variedade de alimentos zero lactose, que vão desde leite condensado, passando pelo leite de vaca, até iogurtes e leite em pó.

A aceitação do leite como um valioso alimento nutricional, bem como um produto consumido com prazer pelas populações intolerantes à lactose, deve fazer parte da estratégia de crescimento em longo prazo de qualquer empresa de laticínios que pretende atuar fortemente no mercado.

Completando, é importante não confundir intolerância com alergia alimentar. A primeira é muito mais frequente e pode afetar qualquer indivíduo sem histórico familiar, enquanto a segunda geralmente é um problema mais raro e hereditário, surgindo em vários membros de uma mesma família. Em ambos os casos o tratamento consiste em retirar da dieta os alimentos que causam os sintomas. Nos casos de produtos alergênicos, como o leite, a Anvisa-Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabeleceu em julho de 2016, com base na resolução RDC 26/2015, que todos os rótulos de produtos alimentícios tragam informações sobre os ingredientes que podem causar alergias.

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