Pesquisa revela quanto custam os nutrientes da alimentação humana e identifica as vantagens da composição de lácteos em relação a outros produtos
Por Rubens Neiva
Como atender às exigências nutricionais humanas pelo menor preço? Para responder a essa pergunta, uma pesquisa coordenada pela Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora-MG, investigou alimentos e bebidas consumi¬dos pelos brasileiros e calculou o quanto custa atender a 30% das necessidades diárias de oito nutrientes: proteína, cálcio, ferro, fibras e vitaminas A, C, D e E. Divul¬gado no Dia Mundial do Leite, comemorado no dia primeiro de junho, o estudo aponta o leite como uma das fontes mais baratas de nutrientes que existe.
O leite integral, por exemplo, pode suprir 30% das necessidades de cálcio de um adulto saudável ao custo de apenas R$ 0,97. A pesquisadora da instituição, Kennya Siqueira, que conduziu os trabalhos, diz que o consumidor teria que pagar mais de R$ 1.000,00 se desejasse obter a mesma quantidade de cálcio por meio de café expresso, caju ou chiclete. O leite é reconhecido como uma ótima fonte de cálcio e a pesquisa apontou que a maioria dos produtos lácteos supre as necessidades de um indivíduo a um custo inferior a R$ 5,00.
Os produtos derivados do leite ocuparam as primeiras posições no ranking de custo da vitamina D e obtiveram boa colocação no ranking de proteína e vitamina A. Quanto à proteína, o leite integral perdeu apenas para carnes, amendoim moído e ovo de galinha. Já em relação à vitamina A, o lácteo mais bem colocado foi o creme de leite, seguido pelo leite em pó desnatado, leite semidesnatado, manteiga e requeijão.
O custo para se adquirir 30% das necessidades diárias de vitamina A por meio desses derivados lácteos é de menos de R$ 2,00. Com o mesmo valor, pode-se adquirir 30% de vitamina D, consumindo leite pasteurizado, integral, semidesnatado e desnatado, ou ainda leite em pó desnatado e integral.
Dos oito nutrientes analisados, os lácteos apresentaram custo competitivo para quatro deles: proteína, cálcio e vitaminas A e D. “Além de reforçar a importância do leite e seus derivados na alimentação humana, o estudo mostra que consumir produtos lácteos faz bem não apenas para a saúde, mas também para o bolso do consumidor”, admite a pesquisadora.
Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 633, de julho 2017