Empresas estão atentas às oportunidades e respondem com lançamentos voltados para a saúde e buscam produtos diferenciados
Por Beth Melo
O segmento de leites especiais está ganhando força e começa a conquistar os consumidores brasileiros. A cada dia, cresce a oferta leites UHT fortificados e funcionais nas gôndolas dos supermercados, com diferentes apelos: enriquecidos e fortificados com vitaminas A, D, B6, B12, C, E, além de ácido fólico e nicotinamida; com ferro e cálcio; com fibras; de lactose reduzida ou sem lactose.
Trata-se de um mercado novo, mas com grande potencial de expansão, mas ainda pequeno se comparado o Brasil com países europeus. Para se ter uma ideia, o nicho de produtos sem lactose, o de maior demanda nessa categoria, tem como base um estudo da Unicamp, que indica que 40% da população brasileira apresenta algum grau de intolerância a lácteos.
Embora o leite seja uma fonte de proteínas e cálcio, as novas tecnologias para a adição de substâncias enriquecedoras possibilitam que o produto atenda a necessidade dos diferentes tipos de consumidores, fornecendo uma quantidade maior deste ou aquele elemento em volume menor de leite.
De acordo com Martim Ibrahim, gerente de marketing da Itambé Alimentos, a empresa vem investindo nos indicadores que apontam oportunidades a serem exploradas no segmento de leites especiais, principalmente na linha de produtos sem lactose. Em razão da tendência de consumo, ele revela o resultado de uma pesquisa para entender quem é o consumidor dessa categoria de produtos. “Apenas 20% das pessoas que não consomem lácteos são intolerantes a lactose. As demais seguem orientação nutricional”, informa.
Ele afirma também que os consumidores de leites especiais buscam funcionalidade e se preocupam com um estilo de vida saudável e, por isso mesmo, procuram benefícios suplementares nos produtos, mesmo que tenham de pagar a mais por isso. “O leite UHT semidesnatado rico em cálcio, por exemplo, traz uma suplementação a mais deste elemento, que exerce um papel importante na manutenção da integridade dos ossos e é indispensável na prevenção e no tratamento da osteoporose”, ilustra.
Leia a íntegra desta entrevista na edição Balde Branco 617, de março 2016