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(foto: dsm/tortuga)

ESPAÇO EMPRESARIAL

Mais leite e rentabilidade

com mais saúde para o rebanho

Cristina Cortinhas – Sup. Ruminantes Latam; Marcelo Machado – Ger. Técnico Gado de leite; Verônica Schvartzaid – Sup. Marketing Gado de leite

O papel de principal fonte de renda para diversas famílias é realidade comum em nosso país para a atividade de produção de leite. Além disso, é um setor que se destaca por alimentar milhões de pessoas diariamente, em uma população crescente e que cada vez mais demanda produtos lácteos para consumo. Com isso, os sistemas de produção de leite têm se intensificado e modernizado, para se produzir cada vez mais e de forma mais sustentável.

A intensificação, entretanto, está atrelada ao surgimento de novos desafios como, por exemplo, a manutenção da saúde dos animais. Algumas das doenças recorrentes na produção leiteira, resultantes de vacas mais produtivas e mais eficientes, são hipocalcemia, mastite, metrite, uma piora generalizada nos índices reprodutivos das vacas, além de diversas doenças, muitas vezes relacionadas à baixa imunidade e que podem levar ao descarte precoce. Neste contexto, muito se tem trabalhado para o desenvolvimento de ferramentas que melhorem o manejo, o conforto e a nutrição das vacas, na tentativa de reduzir ou minimizar os impactos desses problemas.

Muitos desses desafios estão relacionados ao período de transição, momento em que a vaca demanda muito do seu metabolismo para direcionar ao crescimento do feto e ao início da produção de leite. Um dos gatilhos para problemas nesse período é o aumento pela demanda de cálcio, que passa a ser mobilizado dos ossos de forma gradativa e, na maioria das vezes, é pouco eficiente para suprir a necessidade da vaca. Portanto, uma ferramenta importantíssima é o uso da dieta aniônica pré-parto, que aumenta essa mobilização de cálcio dos ossos, disponibilizando-o em maior quantidade no momento em que a vaca mais precisa e evitando, assim, diversos problemas decorrentes da baixa disponibilidade desse mineral.

Apesar de ser uma estratégia importante, somente o uso de sais aniônicos não é eficiente. Por isso, um novo conceito de nutrição vitamínica no pré-parto foi desenvolvido e lançado pela DSM em 2020: a suplementação com 25 hidroxivitamina D3, que aumenta a retenção de cálcio e fósforo das vacas, reduzindo ainda mais o problema da hipocalcemia e seus efeitos na saúde. A suplementação de vacas com a 25 hidroxivitamina D3, denominada Hy-D®, de 21 a 30 dias antes do parto, permite que a vaca inicie o período de lactação com mais saúde e produzindo mais leite.

Os benefícios da suplementação do Hy-D® para vacas em período de transição foi provado por diversos estudos científicos e em seu uso comercial. Em experimentos na Universidade da Flórida, ao incluir a suplementação de Hy-D® no período pré-parto, obteve-se aumento na produção de leite de, em média, 4 kg/vaca/dia no início da lactação; redução na incidência de doenças como metrite e retenção de placenta, e melhora na qualidade do colostro, expressa por aumento na quantidade de imunoglobulinas (Martinez et.al, 2018). Já na Embrapa Gado de Leite no Brasil, o uso de Hy-D® no pré-parto levou a um aumento de 2,6 kg de leite no pós-parto e melhora na sua composição (Silva et al., 2020).

A molécula já é usada no periparto e na lactação em vários países e os resultados da tecnologia, na prática, mostram-se altamente consistentes. No Brasil, já são 14 mil vacas suplementadas em um ano no período de transição e os principais resultados já observados são aumento da qualidade de colostro, redução de metrite e retenção de placenta. Dados preliminares mostraram resultados de redução de até 25 p.p. em metrite (7-30 dias) em rebanhos de alta produção.

Além do papel da 25 hidroxivitamina D3 na homeostase do Ca e P, seu papel direto nas células imunes está documentado (Nelson et al., 2010). Lippolis et al. (2011) demonstraram que o tratamento intramamário com 25 hidroxivitamina D3 reduziu a gravidade da mastite causada por Streptococcus uberis, experimentalmente. Poindexter et al. (2019), ao fornecer a 25 hidroxivitamina D3 na dieta de vacas em lactação, também observaram redução na severidade da mastite causada pela infecção experimental com Streptococcus uberis. Em outro estudo, agora em parceria com a Universidade Federal de Lavras, com a suplementação do HyD na dieta de vacas no terço final de gestação, foi observada redução na contagem de células somáticas do leite (83.500 vs 105.000 células/ml) e aumento na produção de leite de 800 g/vaca/dia (Ribeiro et al., 2019).

A mastite é uma das doenças que mais causam perdas econômicas em rebanhos leiteiros e, por isso, é extremamente importante utilizar ferramentas que auxiliem no controle da doença. As perdas são decorrentes não somente dos custos com medicamentos, descarte do leite, descarte de animais, mas também por uma considerável redução na produção de leite e redução no desempenho reprodutivo. Em números, podemos abordar estudo realizado mostrando que vacas com contagem de células somáticas de 500.000 células/ml chegam a produzir 2 litros de leite a menos por dia (Hand et al., 2012). Ainda, a mastite pode ter impacto na reprodução, pois vacas com mastite clínica ou subclínica crônica podem ter alterações hormonais que levam a atrasos na ovulação e concepção (Lavon et al., 2010), interferindo negativamente nos índices reprodutivos do rebanho e, consequentemente, no lucro do produtor.

Os excelentes resultados de suplementação do Hy-D® no período de lactação impulsionaram a Tortuga, uma marca DSM, a lançar mais uma solução ao produtor de leite. O Bovigold LIV chega ao mercado em outubro e vai auxiliar na solução de problemas aqui citados, resultando em uma produção de leite com mais saúde para as vacas, com maior qualidade e eficiência produtiva. Além da tecnologia Hy-D®, o produto conta com vitaminas, minerais e a tecnologia Crina® para proporcionar ainda mais produtividade e rentabilidade na pecuária de leite.

REFERÊNCIAS


• Hand et al., 2012. Milk production and somatic cell counts: A cow-level analysis. J. Dairy Sci. 95 :1358–1362.
• Lavon et al., 2010. Naturally occurring mastitis effects on timing of ovulation, steroid and gonadotrophic hormone concentrations, and follicular and luteal growth in cows. J. Dairy Sci. 93:911–921.
• Lippolis et al., 2011. Treatment of an intramammary bacterial infection with 25-hydroxyvitamin D(3). PLoS One 6:e25479.
• Martinez et al. 2018.Effects of prepartum dietary cation-anion difference and source of vitamin D on dairy cows: Lactation performance and energy metabolism. J. Dairy Sci. 101:2544-2562.
• Martinez et al., 2018b. Effects of prepartum dietary cation-anion difference and source of vitamin D in dairy cows: Health and reproductive responses. J. Dairy Sci. 101:1–16.
• Nelson et al., 2010. Modulation of the bovine innate immune response by production of 1alpha,25-dihydroxyvitamin D(3) in bovine monocytes. J. Dairy Sci. 93:1041–1049.
• Poindexter et al., 2020. Feeding supplemental 25-hydroxyvitamin D3 increases serum mineral concentrations and alters mammary immunity of lactating dairy cows. J. Dairy Sci. 103:805-822.
• Ribeiro et al., 2019. Calcidiol increased milk yield and reduced somatic cell count of late-lactation dairy cows. In: ADSA Annual Meeting, Cincinnati, Ohio.
• Silva et al., 2020. Effects of dietary 25 hydroxyvitamin D for pre partum dairy cows receiving acidogenic diet. In: ADSA Annual Meeting, West Palm Beach, Florida.

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