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O diagnóstico das propriedades servirá de base para políticas da pecuária de leite mineira

DIAGNÓSTICO

Mais sustentabilidade

para o leite em Minas Gerais

Entidades se unem para fazer o Diagnóstico da Pecuária Leiteira do Estado, entre 2021 e 2023, a fim de melhorar os índices socioeconômicos

Denise Bueno

Entre as ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva do leite em Minas Gerais, duas entidades, Sistema Faemg/Senar/Inaes/Sindicatos e Sebrae, se unem para promover o desenvolvimento econômico e sustentável de pequenos e médios produtores. O projeto Diagnóstico e Ações de Promoção para Aumento da Eficiência Competitividade e Sustentabilidade da Pecuária Leiteira em Minas Gerais, também conhecido por Diagnóstico da Pecuária Leiteira, será desenvolvido entre 2021 e 2023. A meta é a melhoria dos índices socioeconômicos e ambientais em 260 propriedades selecionadas, além de fornecer subsídios à proposição de políticas públicas em prol da pecuária leiteira no Estado.

A primeira etapa do projeto contou com o apoio do Instituto Antônio Ernesto de Salvo (Inaes), que levantou indicadores socioeconômicos e ambientais para comparativo em mil propriedades: 500 que recebiam assistência técnica e gerencial e 500 que não recebiam assistência nenhuma. No grupo das propriedades sem assistência, as 260 que apresentaram os menores índices de sustentabilidade foram selecionadas para o projeto.

“O foco é melhorar os indicadores socioeconômicos e ambientais, proporcionando incremento de produção com sustentabilidade nessas propriedades por meio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Balde Cheio, que tem duração de dois anos, sem custo nenhum para o produtor”, disse o coordenador do projeto e analista técnico da Gerência de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg, Ricardo Tuller Mendes.

Ricardo Tuller: “O diagnóstico será feito em propriedades ligadas ao programa ATeG Balde Cheio"

João C. Reis Filho: “A profissionalização dos produtores, incrementos de produtividade, os avanços em genética, manejo, nutrição e sanidade colocaram alguns deles num alto patamar de alto desempenho"

“A realização de um diagnóstico atual em Minas Gerais é de extrema importância, para que possamos desenvolver ações de fomento em prol da pecuária leiteira”, disse o diretor técnico do Sebrae, João Cruz Reis Filho. 

O diretor técnico também destaca as mudanças ocorridas ao longo dos últimos anos, que provocaram transformações no campo. Segundo ele, a profissionalização dos produtores, incrementos de produtividade, os avanços em genética, manejo, nutrição e sanidade colocaram alguns produtores mineiros no patamar mundial de liderança em sustentabilidade e produtividade. “Nesse período, também, muitos não conseguiram acompanhar esse progresso e outros tantos, lamentavelmente, abandonaram a atividade.”

“O último grande diagnóstico da pecuária leiteira de Minas Gerais foi realizado há mais de 15 anos, portanto, até os tempos atuais, com certeza o cenário é muito diferente. Este diagnóstico, fruto dessa parceria, além de ser diferente dos outros, ratifica a atenção e o interesse do sistema Faemg em desenvolver todas as cadeias do agro em Minas Gerais, sobre a temática da sustentabilidade econômica e ambiental, e preencher essa lacuna retratando o presente e sinalizando que caminho devemos seguir para manter Minas Gerais no protagonismo da pecuária leiteira nacional”, diz Christiano Nascif, superintendente do Senar Minas (Saiba mais: União ATeG-Balde Cheio, entrevista com Christiano, na edição de Julho 2021, p. 24).

Etapas do projeto em andamento – Com as etapas do projeto em andamento, a segunda fase foi iniciada no mês de julho, com a implementação do ATeG Balde Cheio, desenvolvido pelo Sistema Faemg nas propriedades selecionadas. Ao todo, 33 técnicos do programa trabalharão em todo o Estado nos próximos dois anos, ajustando o trabalho dos produtores de forma que possam elevar os índices de sustentabilidade nas propriedades.

“A utilização do Gisa (Plataforma Digital de Desenvolvimento Rural Integrado e Sustentável) neste projeto permite ao técnico traçar seu planejamento de assistência técnica a partir do plano de adequação gerado pela plataforma. 

Assim, o trabalho ganha um direcionamento mais objetivo, com um potencial muito maior de obter sucesso na melhoria dos indicadores de sustentabilidade”, comenta o gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg, Bruno Rocha de Melo.

Na fase três, serão analisados os resultados do que foi encontrado no diagnóstico, que servirão para um melhor desempenho de políticas públicas que serão propostas aos governos estadual e federal para ações mais assertivas de fomento ao setor.

Bruno R. de Melo: “Com a plataforma Gisa, o técnico terá maior embasamento para traçar seu planejamento de assistência técnica"

Regionais – O projeto será implementado nas 10 regionais do Sistema Faemg/Senar/Inaes/e nos Sindicatos no Estado. A seleção das propriedades também reflete a força da pecuária leiteira nessas regiões. “De forma indireta, vamos contribuir para o fortalecimento da pecuária leiteira no Estado, vislumbrando o aumento do consumo de produtos lácteos nos próximos anos”, disse Ricardo Tuller.

A regional de Passos é a que terá o maior número de propriedades assistidas, serão 60. Governador Valadares terá 48 propriedades no projeto, Juiz de Fora, 39, Uberaba, 22, Viçosa, 20, Araçuaí, 19, Lavras, 18, Sete Lagoas, 15, Patos de Minas, 13 e Montes Claros, 6.

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