MN – Acredito que a pecuária de leite e de corte acordou para o melhoramento genético. Os produtores finalmente perceberam o efeito positivo que a genética melhoradora traz para a sua atividade. Para tanto, três fatores são fundamentais: a começar pelo custo, já que apenas 2% do custo de produção de um litro de leite ou de uma arroba bovina são referentes à inseminação artificial. O segundo aspecto que o produtor percebeu é que, de todos os insumos que ele põe dentro da fazenda, a genética é um único elemento permanente, pois continua atuando sobre várias gerações. Outro motivo determinante foi que o pecuarista constatou que a genética não trabalha só na ponta do sistema, atrelada ao aumento do rendimento (mais litros de leite/vaca), mas atua também na outra ponta, a da redução de custo. Basta usar, por exemplo, uma genética que melhore a eficiência alimentar, que o produtor já vai gastar menos com comida e produzir a mesma quantidade de leite ou até mais. Além de ser uma alternativa de criar animais mais resistentes a doenças, o que significa menor gasto com medicamentos, e, consequentemente, redução na taxa de mortalidade do rebanho. Soma-se a tudo isso a melhoria na fertilidade dos animais, tanto para precocidade, com os bovinos produzindo mais cedo, quanto na reinseminação das vacas. Dessa maneira, sobre a produção e redução de custos, a genética tem um impacto financeiro na propriedade muito grande.
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