Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 641, de abril 2018
Cooperativa gaúcha investe em assistência técnica e no aumento de sua capacidade de processamento de lácteos de maior valor
Por Luiz H. Pitombo
Ao completar 50 anos de fundação em 2017, a Cooperativa Agropecuária Petrópolis, detentora da marca Piá, se mostra fiel às suas raízes, num momento em que projeta a expansão de seus negócios: focar na assistência técnica a seus produtores para que avancem em produtividade, qualidade e rentabilidade. Isto porque, para ampliar a colocação de suas diversificadas linhas de produtos lácteos em novos mercados, precisa aumentar a captação de matéria-prima de alta de qualidade. Mesmo antes de começar a captação de leite, seus produtores de leite sempre contavam com a presença de técnicos que lhes prestavam assistência.
Com sede em Nova Petrópolis, a noroeste do Estado, na Serra Gaúcha, tem sua origem nos imigrantes alemães. Atualmente, é composta por cerca de dois mil associados. Com a proposta de trazer desenvolvimento econômico e social aos produtores locais, a cooperativa mantém e reforça sua política de capacitação e profissionalização na busca de matéria-prima de qualidade e por baixo custo, o que cada vez mais ganha importância por sua meta de expansão de mercados com produtos de maior valor agregado. Sua produção abastece quatro estados (RS, SC, PR e SP).
Desde 2011, a Piá já fez investimentos da ordem de R$ 100 milhões na ampliação de seus negócios, como na sua nova fábrica de iogurtes (R$ 85 milhões), inaugurada em 2017, que triplicou sua capacidade de produção, outros R$ 15 milhões na fábrica de processamento de frutas. E continuamente vem investindo na inovação de seu mix de produtos lácteos e na prestação de serviços aos cooperados.
De sua captação diária de 420 mil litros de leite, cerca de 60% são transformados em leite UHT, que representam 40% de seu faturamento, enquanto o restante é processado em iogurtes, bebidas lácteas, manteiga, doce de leite e outros, sendo responsável por 60% de sua receita com o leite. “Estamos dependentes do UHT, que é uma commodity, cujos valores têm oscilado muito e se mostrado insatisfatórios”, afirma Jeferson Smaniotto, presidente da Piá. Assim é que a estratégia em andamento é a de alterar esta composição do destino do leite, com 60% a 70% dele passando a ser utilizado na obtenção de produtos mais elaborados com aumento do faturamento e possibilidade de melhoria da remuneração ao associado, como salienta.
Para isso, inauguraram no ano passado uma nova planta com capacidade para produzir 500 t/dia destes produtos de maior valor agregado, o que representa mais de três vezes sua capacidade anterior. Também foi instalada uma nova unidade de processamento de frutas (marmelo, uva, morango e outras) para a obtenção de 450 t/mês de produtos, contra 100 t/ mês de antes, parte utilizada para incorporação aos iogurtes e bebidas lácteas. A fruticultura é outra atividade da cooperativa que conta com 364 associados responsáveis por 17% do faturamento de R$ 580 milhões que obteve em 2017.
—————————–
Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 641, de abril 2018