balde branco

Os vários fatores que envolvem a fase de plantio da cultura do milho definem sua produtividade. A interação entre eles é o que a pesquisa valoriza e chama de plantabilidade

Por Inês Figueiró

Cerca de 70% dos investimentos feitos em uma lavoura de milho são usados na fase de implantação. Para obter altos índices de produtividade e, com isso, alcançar o retorno esperado, há um conjunto de práticas que não podem ser esquecidas ou negligenciadas. Não realizá-las significa colocar em risco a sustentabilidade do negócio.

“O produtor pode ter prejuízo ou lucro a partir da relação entre água, terra, semente, disco e semeadora. A melhor interação entre esses elementos é que garante a plantabilidade”, explica o pesquisador Evandro Chartuni Mantovani, da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas-MG. O termo, que ainda não chegou aos dicionários, vem sendo usado para designar o resultado da interação desses vários fatores com vistas ao aumento de produtividade.

Certamente, passa pela profissionalização. Assim, vale lembrar que plantar não significa apenas jogar a semente na terra. O plantio inicia bem antes e demanda planejamento, a começar pelo preparo do solo. Dependendo dos cuidados que o produtor já vem dedicando, a demanda por correção e adubo poderá ser maior ou menor. Preparar o solo é indispensável para que a semente – que deve ser escolhida a partir de seu vigor e capacidade de germinação – possa se desenvolver.

“O desafio maior na hora de implantar uma cultura é ter o estande certo, ou seja, iniciar com a quantidade adequa¬da de plantas por hectare”, destaca o pesquisador. Variações na densidade influem no rendimento final da cultura. A população ideal para maximizar o rendimento de grãos de milho varia de 30.000 a 90.000 plantas por hectare. A escolha depende de fa¬tores como disponibilidade hídrica, fertilidade do solo, ciclo da cultivar, época de semeadura e espaçamento entre linhas.

Pesquisas indicam que o milho é sensível no que¬sito densidade, sobretudo, porque as plantas competem entre si. Assim, embora o adensamento eleve o rendimento da lavoura, é preciso destacar que esse incremento na produtividade tem limite. Existe um ponto ótimo de densidade, o chamado máximo rendimento, que é determinado por condições de clima e solo, disponibilidade de água, manejo da lavoura e pela cultivar.

Leia a íntegra desta entrevista na edição Balde Branco 621, de julho 2016

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