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Programa orienta 150 produtores que vêm obtendo resultados cada vez melhores na atividade

COOPERATIVAS

Programa Leite Certo:

o caminho para o sucesso na atividade leiteira

A Coopeavi, do Espírito Santo, desenvolve um trabalho de assistência técnica para orientar seus cooperados na adoção de boas práticas na produção de leite

João Antônio dos Santos*

Alinhar tecnologia e inovação e aplicar na propriedade rural é o principal desafio da Coopeavi, no que tange a oferecer suporte ao produtor de leite, visando ao aumento da produtividade e à melhoria na qualidade do produto. A cooperativa conta com uma importante ferramenta, essencial para quem busca produzir de maneira eficiente e rentável: o programa de assistência técnica para pecuária leiteira “Leite Certo”.

 A Coopeavi, localizada em Santa Maria de Jetibá (ES), é uma cooperativa agropecuária com atuação no Espírito Santo, em Minas Gerais e na Bahia. Fundada em 1964, atualmente conta com mais de 16 mil cooperados, em sua maioria pequenos e médios produtores. Com atuação em sete segmentos produtivos, tem no leite e derivados um dos braços fortes.

Daí o empenho em estimular nos cooperados a busca pela produtividade e qualidade da matéria-prima. “O projeto tem o objetivo de promover o desenvolvimento da atividade e, consequentemente, a permanência da família no campo, com a melhoria da qualidade e da produtividade de leite, refletindo na renda e diminuindo a sazonalidade da produção”, assinala Filipe Ton Fialho, zootecnista e gerente de Bovinocultura e Assistência Técnica da Coopeavi. Ele acrescenta que o programa se baseia no desenvolvimento de estratégias metodológicas a partir da realidade de cada propriedade assistida. Ou seja, os técnicos que atendem pelo programa propõem a adoção de tecnologias já validadas, passando a produzir de forma sustentável.

A partir da assistência técnica, o produtor passa a trabalhar da maneira correta, aproveitando melhor a terra. As mudanças no manejo e os investimentos em modernização são voltados à adubação de pastagens com pastejo intensivo, ao melhoramento genético do rebanho, à alimentação balanceada com a inclusão de concentrado e à suplementação alimentar no período mais seco, entre outras ações que se refletem diretamente na sanidade do animal.

Por meio da consultoria, o produtor também passa a fazer um balanço mensal, trabalhando o funcionamento da propriedade como uma empresa, contabilizando todos os investimentos e as despesas com insumos, funcionários e energia, entre outros. Com o detalhamento em mãos, é possível contabilizar de maneira eficiente a renda mensal, separando o custo do lucro.

Edmar Alfredo Schulz: “Com o programa, em pouco tempo nossa realidade mudou, melhoramos a dieta das vacas, compramos ordenhadeira, iniciamos IA e temos média de 20 litros/vaca/dia”

Outra questão fundamental é a estabilidade na produção, conforme destaca Fialho. O produtor que tem o leite como renda familiar não pode trabalhar de forma oscilante, ou seja, a produção deve ser mantida alta durante o ano inteiro, independentemente se o período é de chuva ou de estiagem hídrica, o que somente é possível por meio da assistência técnica.

Ele faz questão de destacar que a aplicação da tecnologia no meio rural vai além dos resultados financeiros. “O Leite Certo tem a função de levar ao cooperado formas de aumentar seus resultados dentro da propriedade, independentemente do tamanho, seja com melhora do percentual de vacas em lactação dentro do rebanho – aumentando a produção –, seja com a redução de níveis de CCS (contagem de células somáticas) e UFC (unidades formadoras de colônias) no leite produzido.”

Ele explica que tais melhorias resultam também em aumento na bonificação por qualidade ou ainda na elevação da produção de alimentos por hectare, dando garantia de produção ao longo do ano todo. “Nosso foco sempre será entregar ao produtor o máximo possível, com as condições encontradas dentro de cada propriedade”, afirma Fialho.

Atualmente, 150 cooperados fornecedores de leite da Coopeavi são atendidos pelo programa Leite Certo. Para dar conta dos atendimentos, 11 técnicos da área, entre engenheiros agrônomos, zootecnistas, veterinários e técnicos em agropecuária, percorrem as propriedades assistidas em visitas que ocorrem uma vez a cada mês.

Denilson Potratz: “Além de melhoria na produtividade e na qualidade do leite, outra questão fundamental é a estabilidade na produção”

O presidente da Coopeavi, Denilson Potratz, ressalta a preocupação da cooperativa de cada vez mais fixar o produtor no campo e gerar renda para a família o ano todo. “Nosso propósito é fixar cada vez mais o produtor no campo e a família ganhar dinheiro o ano todo, tirar a sazonalidade da pecuária de leite. Programas como o Leite Certo vêm para incentivar o cooperado, principalmente nos períodos de entressafra, quando a produção e a renda diminuem, a produzir mais, com melhoria genética e assistência técnica. Quanto mais leite produzir, vai ter mais leite na indústria, onde se transformará em produtos de valor agregado para o mercado. Assim, ganham produtor e cooperativa”, diz Potratz.

Produtores relatam suas melhorias – Entre os produtores beneficiados pelo programa Leite Certo está Valmir Bruno Kubit, que possui propriedade no Córrego do Parado, município Águia Branca (ES). Ele conta que sua realidade mudou radicalmente desde que começou a receber assistência técnica e a investir na melhoria de forma orientada.  Naquela época, em 2013, ele produzia cerca de 100 litros por dia. “Hoje, tiro em média 950 litros, com 46 animais no plantel. Essa evolução foi graças à assistência técnica. Se não fosse isso acredito que já tinha parado. Depois que entrei para o programa vi lucro”, relata.

Até então, o valor que recebia praticamente apenas pagava seu custo de produção e com isso empatava. “Agora, para tirar cada litro de leite, meu custo sai mais ou menos a metade, sem falar da quantidade que consegui aumentar de forma tão expressiva. Estou muito satisfeito”, comemora Kubit.

Outro produtor cooperado é Edmar Alfredo Schulz, do Córrego Santo Antônio (Colatina). Quando começou a receber a visita do técnico, tinha as vacas em pasto extensivo e depois foi fazendo piquete por conta própria e colocou as que já tinha no plantel. A produção girava em torno dos 150 litros de leite por dia. “Sob orientação técnica, começamos a investir com mais segurança. Melhoramos a genética do rebanho, começamos a adubar os piquetes, a fornecer ração para o gado e as melhorias vieram junto”, lembra ele.

Não demorou muito para os resultados aparecerem. A quantidade de leite produzida aumentou e ele precisou investir em ordenhadeira mecânica, já canalizada, o que refletiu na melhoria da qualidade. Hoje a produção é de mais 400 litros de leite/dia, com média de 20 litros por animal. Nosso custo total sai a cerca de 70%. “Também foi muito importante para começarmos a fazer a inseminação artificial do rebanho. Isso nos possibilitou formar o rebanho, sem precisar comprar vacas de fora e os animais que vamos retirando do rebanho a gente vende.”

(Com a colaboração de Diego Feitosa e Leandro Fidelis, do Informativo da Coopeavi)

Valmir Bruno Kubit: “Graças à orientação técnica, saí dos 100 litros/dia e hoje passo dos 900 litros, com custo bem menor de produção”

OUTROS PROGRAMAS DACOOPEAVI

O Leite Plus é um programa que bonifica em R$ 0,30 (trinta centavos) a mais para cada litro de leite produzido nos meses de julho e agosto, tendo como base o volume de captação de junho de cada associado. Segundo o gerente de relacionamento com o cooperado, Leonardo Coelho, esse incentivo funciona da seguinte forma: se, por exemplo, um produtor produziu 3.000 litros de leite em junho, com média diária de 100 litros, para os meses de julho e agosto, tem que superar essa média.

“O Leite Plus Coopeavi beneficia o produtor neste momento de frio, pasto mais seco, precipitação pluviométrica menor, época em que geralmente nós temos uma ração mais cara, porque milho e soja estão mais caros. O programa é um incentivo nesta época de adversidades para intensificar a alimentação do rebanho”, destaca Leonardo.

A Coopeavi oferece todo pacote de soluções para o produtor de leite, desde rações de qualidade a assistência técnica a preços mais justos pelo produto do cooperado. Para Leonardo Coelho, com o programa de bonificação, o produtor pode comprar ou produzir silagem ou mais concentrado e formatar uma ração melhor para as vacas. O resultado será mais renda ao fim do mês.

“Aquele produtor que só estava com uma ordenha pode ter duas. O incentivo vai melhorar sua receita no fim do mês e também o volume captado pela cooperativa, uma vez que nesta época do ano a tendência é baixar o volume de leite e os compromissos junto ao mercado consumidor devem ser mantidos”, finaliza o gerente de relacionamento.

O programa Bônus Fidelidade é também novidade neste inverno. O objetivo é a fidelização do cooperado junto à Coopeavi. O primeiro bônus será concedido em dezembro na Folha Leite do produtor e o valor se baseará na captação dos meses de julho a outubro.

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