balde branco

No sítio, casal de produtores consegue produtividade e alta qualidade do leite e, para agregar mais valor ao leite, vai produzir queijos artesanais

Por João Antônio dos Santos

“Se formos produzir, vamos fazer da melhor maneira possível, de modo a aproveitar todo o potencial da propriedade, com eficiência, produtividade e qualidade de nosso produto”. Foi com esse objetivo que Luiz Carlos Roma e Maria Ângela decidiram focar na produção de leite, no Sítio Santa Luzia, em Batatais-SP. A intenção deles, que têm uma empresa na cidade, não era crescer, produzir alto volume, mas trabalhar de maneira “apaixonada”, plenos de satisfação a cada avanço, a cada superação de problemas e a cada passo mais próximo do objetivo: entregar um leite de alta qualidade. “E começamos a avançar com mais segurança quando passamos a contar com orientação técnica especializada”, diz Maria Ângela, fazendo questão de frisar que, além disso, “continuamente todos do sítio buscamos conhecimentos e capacitação, através de cursos, palestras e participação em grupos de produtores”.

A história de Luiz Carlos e Maria Ângela enveredou na produção de leite lá pelos idos de 2004, quando algumas “vaquinhas” produziam em torno de 50 litros por dia. Quem aproveitava era o funcionário que fazia queijos caseiros, vendidos na cidade. “Era tão pouco que a gente deixava para ele obter alguma renda extra”, lembra Luiz Carlos Roma, dizendo que uns tempos mais tarde a produção cresceu um pouco chegando aos 70 litros em média, com seis vacas em lactação. Foi quando passaram a vender o leite para a Coonai, cooperativa de Ribeirão Preto-SP. Nessa época, adquiriram um tanque resfriador de 500 litros, já com a intenção de progredir, com profissionalismo, na atividade, com a melhor estruturação do rebanho e da propriedade. Compraram
algumas novilhas Jersey de melhor padrão genético e começaram a formar o próprio rebanho, desde então.

A propriedade tem dez hectares, sendo quatro ha de proteção ambiental e benfeitorias. Os seis hectares restantes distribuem-se em dois ha de cultivo de cana-de-açúcar, dois ha de tifton e 1 ha de
capim-tanzânia, divididos em piquetes irrigados, e 1 ha para cultivo de milho para silagem.

Em 2009, o médico veterinário Bruno Vicente Nadruz, da Gestão Leite Consultoria, começou a orientá-los. O ponto inicial foi fazer o diagnóstico da atividade leiteira do Sítio Santa Luzia. Com base nele, planejou juntamente com os proprietários o crescimento da produção, focando na obtenção de forragem de qualidade e em quantidade suficiente para formulação de uma dieta adequada, estruturação do rebanho, melhoria da produtividade, mais eficiência na reprodução, manejo correto na cria e recria e, principalmente, a qualidade do leite, relata Luiz Roma. Maria Ângela lembra que, no início, tinham um tourinho e a partir de 2010 introduziram a inseminação artificial para acelerar o aprimoramento genético do rebanho, com maior consistência.

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Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 646, de setembro 2018

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